
Concluiu apresentando um resumo das discussões do Seminário.
A primeira sessão foi sobre reparações e a importância da consistência, completude e sustentabilidade das políticas de reparação. Os debatedores compartilharam lições aprendidas nos programas de reparação no Peru e no Chile. O palestrante Cristián Correa, Associado Sênior do ICTJ, ressaltou a importância de medidas de reparação holísticas e de ouvir as experiências e necessidades das vítimas quando da implementação de reparações.
O segundo painel tratou da reforma institucional: a transformação das forças de segurança em tempos de transição, com a discussão de experiências da Argentina e El Salvador. O palestrante Juan Faroppa, consultor da Corte Interamericana de Direitos Humanos, falou sobre o papel das forças de segurança no sentido de garantir os direitos da população e sugeriu medidas para assegurar que isto seja alcançado.
O painel final do primeiro dia concentrou-se na busca da verdade: o direito à verdade e o papel das comissões da verdade para alcançá-la. Priscilla Hayner, assessora sênior do Centro para o Diálogo Humanitário, teceu reflexões sobre o poder conquistado com a investigação e o estabelecimento da verdade e o papel desempenhado pela América Latina em estabelecer os padrões que agora passamos a esperar das comissões da verdade.
O segundo dia começou com uma sessão sobre justiça criminal, focando nas leis de anistia, a Corte Interamericana de Direitos Humanos, e o impacto da jurisprudência internacional na persecução doméstica de violações dos direitos humanos. A apresentação principal foi feita por Victor Prado Saldarriaga, juiz da Suprema Corte do Peru, que discutiu diferentes tipos de leis de anistia utilizadas na América Latina e o que estas leis representaram em termos de perpetuação da impunidade.
O Painel 5 concentrou-se na salvaguarda de arquivos e no acesso à informação. Os panelistas debateram a obrigação dos Estados de preservar arquivos de violações de direitos humanos e disponibilizar informações ao público. Catalina Botero, Relatora Especial sobre Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, liderou o painel com uma análise do acesso à informação como um direito, e as limitações e obrigações relativas a este direito.
O painel final do Seminário foi dedicado ao papel da sociedade civil na justiça de transição. Javier Ciurlizza, Diretor do Programa para a América Latina e Caribe do International Crisis Group, argumentou que a sociedade civil precisa levar adiante a luta pelos princípios por trás da justiça de transição, utilizando exemplos do Chile, da Espanha, Colômbia, Argentina e Guatemala para ilustrar as relações entre os movimentos sociais e os direitos humanos para o sucesso das políticas de transição.
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